Cadastro Positivo passa a valer em janeiro de 2013
Na semana passada, foi regulamentado o cadastro positivo. E essa nova lista dos bons pagadores vai está disponível a partir de janeiro. Com isso, as instituições financeiras vão poder ter acesso às informações do comportamento do consumidor em relação a pagamentos a prazo. E vão saber se o cliente é bom ou mau pagador.
Compra aprovada ou não aprovada. Vai pouco além disso a relação do cliente com o mercado de crédito. Exceto para as instituições financeiras, que têm acesso a informações sigilosas, o histórico financeiro dos consumidores é desconhecido. Quem empresta dinheiro cobra caro pelo risco de calote.
Mas essa história pode começar a mudar a partir do ano que vem com o chamado cadastro positivo. A lei sancionada no ano passado acaba de ser regulamentada no Diário Oficial. Faltam ainda as regras do Conselho Monetário Nacional.
O consumidor terá que solicitar sua entrada no cadastro. Os 15 últimos anos serão analisados. Com exceção de quem deixou de pagar alguma dívida, somos todos iguais para o comércio. A única referência são as listas negras do SPC, do Serasa e do Banco Central.
O cadastro positivo pode ser um novo parâmetro, onde valem também as contas que foram quitadas. A ideia é que um bom histórico de pagamentos seja uma arma a mais por taxas de juros menores.
Em países onde foi adotado, o cadastro levou a uma queda dos juros. “A gente é bastante otimista de que os consumidores, em um curto espaço de tempo, vão poder se beneficiar de taxas diferenciadas, condições de pagamento também mais favoráveis a ele”, afirma Vander Nagata, superintendente de informações ao consumidor do Serasa Experian.
“Quando isso tudo estiver implantado e disponível, com absoluta certeza vai reduzir a taxa de juros, porque a taxa de juros, um dos fatores que gera essa taxa é o risco, então se o risco for menor, certamente a taxa pode ser menor”, explica Nelson Barrizzelli, economista do SPC Brasil.
Segundo a regulamentação entra em vigor em primeiro de janeiro do ano que vem. A resolução do Conselho Monetário Nacional, que ainda falta, vai definir a forma como os bancos irão repassar às informações de seus clientes às empresas que vão operar os cadastros.
(Fonte: G1)